Quais são os sinais de que alguém está a sofrer um AVC?
Os sinais do AVC surgem de um momento para o outro. São sinais comuns de AVC o aparecimento súbito de:
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Fraqueza ou paralisia do braço, perna ou face, de um lado do corpo
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Desvio da face (“boca ao lado”)
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Fala arrastada, não conseguir falar ou não entender as palavras que ouve
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Perda do equilíbrio
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Perda de visão, ou por vezes visão dupla
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Dor de cabeça muito intensa e súbita
Às vezes os sintomas de um AVC são difíceis de reconhecer. Infelizmente, a falta de reconhecimento pode levar a atrasos na ida para o hospital, o que é grave, pois a rapidez no diagnóstico e tratamento pode evitar ou limitar as consequências potencialmente trágicas de um AVC, como a morte ou a incapacidade permanente.
Três perguntas simples podem ajudar na identificação de um AVC (3 F's!):
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Fala: pedir à pessoa que diga uma frase. Foi capaz de dizer a frase e com as palavras claramente pronunciadas?
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Face: pedir para sorrir. Fica com a boca simétrica ou de um lado não mexe tão bem, ficando com a boca torta?
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Força nos membros: pedir que levante os braços. Foi capaz de levantar os dois e mantê-los esticados para a frente de forma igual, ou um tem tendência a cair?
Se apresentar pelo menos um destes sinais, isso pode ser sinal de um AVC! Não adie, hesite ou espere! Telefone de imediato para o 112!
É muito importante ir com a máxima urgência ao hospital mais próximo que tenha uma equipa de AVC, e o 112-INEM assegura que a ambulância o leva a esse hospital.
A janela de oportunidade para o tratamento ótimo só dura poucas horas, em muitos casos até 4,5 horas após o início dos sintomas de AVC. Quanto mais depressa iniciar o tratamento, maior a probabilidade de um bom resultado. Portanto, ir a um hospital imediatamente é obrigatório!
Após o diagnóstico pode ter indicação médica para receber um medicamento injetável que ajuda a desfazer o trombo que entupiu uma artéria cerebral (trombólise). Se indicado pode ser também necessário fazer um cateterismo urgente para desobstruir a artéria (trombectomia mecânica).
Estes tratamentos podem salvar vidas e prevenir deficiências! Se cumpridos, aumentam em 30 a 50% as hipóteses de a pessoa ficar sem sequelas, ou com sequelas ligeiras!