O regresso a casa pode ser um momento psicologicamente algo complexo:

• pode ser o retorno à família, a um ambiente conhecido, e reconfortante;

• mas também pode ser um momento emocionalmente duro, a que se junta a sensação de “desamparo”, pela falta dos recursos, materiais e humanos, do ambiente hospitalar.

 

Por isso, é muito importante criar um ambiente acolhedor, com o mínimo de dificuldades possível. Pode ser necessário adaptar a casa às características da pessoa que sofreu um AVC, especialmente se precisar de cadeira de rodas. Por exemplo:

• Retire do chão tudo o que possa causar uma queda ou pancada (fios soltos, ou pequenos objetos e móveis auxiliares com pouca estabilidade).

• Retire os tapetes, para evitar tropeçar.

• Não encere o chão, e não aplique produtos de limpeza que tornem a superfície deslizante.

• Coloque a roupa e as suas coisas em gavetas/prateleiras ao seu alcance.

• Deixe os artigos de primeira necessidade à mão.

• Sensibilize a pessoa para que tenha sempre um telefone (portátil) à mão.

• Se possível, as portas devem ser suficientemente largas (aconselha-se um mínimo de 80 cm) e fáceis de abrir.

 

Pode ser preciso modificar algumas coisas na casa de banho, que deve ser um lugar seguro. Alguns exemplos também:

• A  colocação de barras pode ser uma grande ajuda. Instale-as no duche e junto à sanita, pelo menos.

• Se a pessoa não consegue manter-se em pé com estabilidade e segurança, é melhor colocar uma cadeira de plástico no local do banho. Se utilizar banheira, utilizar uma tábua para fazer a transferência sentado.

• É muito importante que o tapete do chuveiro (ou da banheira) seja de borracha absolutamente anti-derrapante (experimente antes, em seco e em molhado!).

• Comprove a temperatura da água para evitar quemaduras (particularmente no caso da sensibilidade alterada ou dificuldade em chegar rapidamente à torneira).

• Utilize um tapete de banho ou uma toalha grossa, para evitar escorregar ao sair.